Puxe a cadeira, pegue um café e vamos direto ao ponto.
No Expresso Político de hoje vamos entrar nos bastidores da política fiscal: como o discurso do líder do PP em encontro com empresários revela as tensões entre arrecadação, lobby empresarial e promessas ao eleitorado liberal.
Falar sobre carga tributária no Brasil é como abrir um velho armário cheio de contas acumuladas: todo mundo sabe que está lotado, mas poucos têm coragem — ou disposição — para reorganizá-lo. Ainda assim, discutir esse tema é essencial, especialmente em um país onde empresas e cidadãos enfrentam uma verdadeira maratona de impostos, taxas e burocracia. Não se trata apenas de números ou siglas fiscais: é sobre o peso que o Estado impõe à produtividade, à liberdade econômica e à capacidade de crescimento do país.
Nesse contexto, o evento Conexão Brasília, promovido nesta semana, colocou luz sobre um dos pontos mais sensíveis da pauta nacional: a urgência de se repensar o modelo tributário brasileiro. Reunindo lideranças políticas, empresariais e especialistas, o encontro proporcionou um espaço estratégico de diálogo entre Brasília e quem sente na pele os efeitos do sistema atual.
Um dos destaques foi a participação do líder do Partido Progressista (PP), cuja fala ressoou entre os presentes. Com experiência nos bastidores do Congresso, ele abordou a complexidade da reforma tributária e os riscos de se adotar soluções que aumentem ainda mais a centralização do poder e o sufocamento do setor produtivo.
Mais do que um debate técnico, essa discussão afeta diretamente o bolso do leitor: seja como empresário tentando manter seu negócio vivo, seja como cidadão tentando entender para onde vai seu suado dinheiro. É hora de olhar para a carga tributária não como uma abstração contábil, mas como uma questão central de liberdade e desenvolvimento.
O que é o Conexão Brasília
O Conexão Brasília é um evento estratégico criado para estreitar os laços entre o setor produtivo e o ambiente político nacional. Idealizado por entidades empresariais e institutos voltados ao fortalecimento da economia liberal, o encontro tem como proposta principal promover o diálogo direto entre quem legisla e quem gera empregos e riquezas no país.
Organizado por federações da indústria e do comércio, com apoio de parlamentares e especialistas em políticas públicas, o evento reúne empresários, investidores, representantes de entidades de classe e lideranças políticas com poder de influência nas decisões do Congresso Nacional. O público-alvo é composto por executivos, empreendedores, economistas, consultores e parlamentares comprometidos com o desenvolvimento econômico e a desburocratização do Brasil.
Sua relevância política é inegável. Em tempos de discussões sobre reforma tributária, aumento do intervencionismo estatal e retrocessos regulatórios, o Conexão Brasília se apresenta como um fórum de resistência produtiva. É nesse palco que vozes importantes do setor empresarial ganham visibilidade, e que políticos atentos à pauta da liberdade econômica se posicionam com mais clareza.
O evento tem contado com a presença de líderes partidários, ministros, presidentes de comissões legislativas, além de nomes fortes da iniciativa privada. A troca entre essas esferas transforma o Conexão Brasília em um espaço privilegiado para articulações, diagnósticos e propostas que possam, de fato, tirar o país do círculo vicioso do Estado inchado e da alta carga tributária.
A presença do líder do PP
O evento Conexão Brasília ganhou ainda mais relevância com a presença de uma figura central na política nacional: o atual líder do PP (Progressistas) na Câmara dos Deputados, o deputado Doutor Luizinho (RJ).
Quem é o líder atual do PP
Doutor Luizinho, advogado de formação e deputado federal pelo Rio de Janeiro, foi reconduzido à liderança da bancada do Progressistas em 2025. Ele comanda hoje cerca de 50 parlamentares na Câmara, o que o coloca como uma das principais vozes da chamada “Centrão” no Legislativo brasileiro .
Seu papel no Congresso
Como líder partidário, Luizinho articula iniciativas parlamentares e define prioridades de votação que refletem a visão do PP sobre temas cruciais, como segurança pública e combate à alta de preços — especialmente dos alimentos. Além disso, ele desempenha papel estratégico na costura de acordos políticos com outros blocos e com o governo, influenciando fortemente o rumo de reformas como a tributária .
Expectativas sobre seu discurso no evento
A participação dele no Conexão Brasília levanta algumas expectativas importantes:
Reforço de pautas: espera-se que ele defenda medidas concretas para aliviar o peso da carga tributária sobre as empresas e a população.
Alinhamento estratégico: com sua experiência em negociações, Luizinho pode sinalizar se o PP atuará como facilitador de uma ampla reforma tributária consensual ou se vai adotar postura mais combativa em relação ao governo.
Proposta de prioridades: além da tributação, há expectativa de que ele traga à tona temas estruturais caros à agenda liberal-conservadora, como desburocratização, redução do tamanho do Estado e mais segurança jurídica.
Em resumo, a fala do líder do PP promete ser um dos momentos-chave do evento — tanto para identificar o grau de disposição do partido na reforma tributária, quanto para avaliar como ele pretende influenciar o equilíbrio de forças no Parlamento.
O que foi dito sobre carga tributária
No Conexão Brasília, o líder do PP reafirmou um princípio central para qualquer liberal-conservador: a redução da carga tributária é fundamental para destravar o crescimento econômico. Ele foi além do discurso, destacando pontos específicos:
Declarações centrais do líder do PP
Ele afirmou que “o peso dos tributos sufoca o setor produtivo”, e insistiu na necessidade de uma reforma que alivie o impacto sobre pequenas e médias empresas.
Também ressaltou que a reforma deve contemplar segurança jurídica e simplificação fiscal, pois um sistema confuso extingue investimentos, principalmente de quem precisa de previsibilidade para empreender.
Propostas e posicionamentos sobre a reforma
Apoio à substituição do atual emaranhado de tributos por um modelo mais fluido, como IBS + CBS, com alíquota teto e transição gradual.
Defendeu isenções ou alíquotas menores para produtos da cesta básica — incluindo alimentos e serviços essenciais — com mecanismos institucionais para garantir que a redução seja perene, e não apenas temporária.
Críticas e defesas ao sistema vigente
Fez duras críticas ao sistema atual, que chamou de “inseguro, custoso e propenso à judicialização”: desta forma, não cumpre seu papel como instrumento de financiamento de serviços públicos, pois reprime a economia.
Reconheceu, no entanto, que alguns mecanismos de arrecadação precisam ser mantidos para financiar áreas cruciais como saúde, educação e segurança — segundo ele, o desafio é “cobrar menos, mas cobrar certo”.
Reação da plateia e dos executivos
A plateia, formada por empresários, economistas e dirigentes setoriais, reagiu com aplausos e acenos. Em conversas informais durante o evento, vários executivos destacaram positivamente:
A clareza em defesa da isenção de produtos essenciais, vista como compromisso concreto com a população e com setores de baixa renda.
A crítica ao excesso de obrigações acessórias, consideradas “verdadeira prisão burocrática” por muitos dos presentes.
O reconhecimento do tom negociador do líder do PP, que buscou convencer partidos e governo a tratar a reforma como uma prioridade de Estado — não apenas partidária — para estimular o crescimento sustentável.
Essa parte do evento deixou claro que, pelo menos nas palavras do líder do PP, há disposição para avançar em uma reforma tributária mais ousada e conectada com a agenda liberal-conservadora: menos impostos, mais liberdade econômica, segurança jurídica e foco em medidas que gerem impacto real para cidadãos e empresários.
Impactos para o setor empresarial
As declarações do líder do PP no Conexão Brasília ecoaram com força entre os representantes do setor produtivo. Mais do que retórica política, suas falas foram interpretadas como sinais de um possível realinhamento no ambiente tributário brasileiro — com efeitos diretos sobre a estratégia de empresas de todos os portes.
Estratégia e planejamento empresarial
Para os empresários presentes, ficou claro que a classe política começa a perceber a urgência de um sistema mais racional e menos punitivo. Se as promessas se materializarem, empresas poderão:
Reduzir gastos com contabilidade e obrigações acessórias;
Reavaliar investimentos paralisados por insegurança jurídica;
Planejar melhor seu fluxo de caixa, com mais previsibilidade tributária.
A mensagem implícita foi: há espaço para acreditar em um ambiente menos hostil para quem gera emprego e renda.
Mudanças possíveis no sistema tributário
Embora ainda não haja texto fechado de reforma, as diretrizes apontadas pelo PP — como simplificação, isenção para itens essenciais e transição equilibrada — são vistas como avanços importantes. Se levadas adiante, podem significar:
Alíquota única para setores estratégicos;
Extinção de tributos cumulativos como PIS e Cofins;
Unificação do sistema por meio de um imposto sobre valor agregado (IVA).
Essas mudanças podem beneficiar especialmente a indústria, o agronegócio e o setor de serviços — três pilares da economia nacional historicamente penalizados pelo atual sistema.
Perspectivas de curto e médio prazo
No curto prazo, o impacto é mais político do que prático: empresários passam a cobrar de seus representantes posicionamentos mais claros sobre a reforma. Já a médio prazo, se o PP mantiver sua articulação e conseguir influenciar o texto final, há potencial para um cenário de:
Estímulo ao empreendedorismo;
Redução do contencioso tributário;
Retomada de investimentos de longo prazo.
O recado está dado: o setor produtivo quer menos discurso e mais ação. E se os parlamentares seguirem o tom adotado no Conexão Brasília, a janela para uma mudança estrutural no modelo de arrecadação finalmente pode se abrir — com reflexos positivos para o ambiente de negócios e a liberdade econômica no Brasil.
Análise política e econômica
O discurso do líder do PP no Conexão Brasília não foi apenas um gesto para a plateia empresarial — ele sinaliza um movimento calculado dentro do xadrez político atual. Em meio ao avanço de pautas econômicas cada vez mais intervencionistas por parte do governo federal, o Progressistas parece querer se reposicionar como um fiador da racionalidade fiscal e da liberdade econômica no Congresso.
Contexto político: entre Governo e oposição
Embora o PP componha a base de apoio do governo em certas pautas, seu líder adotou um tom que flerta com a oposição liberal-conservadora, especialmente ao criticar o modelo tributário atual como “ineficiente e sufocante”. A fala sugere uma tentativa de manter autonomia estratégica: dialogar com o Planalto quando necessário, mas preservar identidade própria — algo raro na política fisiológica do Centrão.
Comparando com posicionamentos anteriores
Historicamente, o PP sempre navegou com pragmatismo nas águas do poder. Entretanto, nos últimos anos, sua atuação tem oscilado entre a adesão silenciosa a medidas governistas e uma retórica mais voltada ao setor produtivo. A fala atual marca uma inflexão: mais clareza, mais tecnicidade e maior ênfase no impacto econômico das decisões políticas.
Esse novo tom pode ser um reflexo da pressão crescente de suas bases eleitorais — especialmente empresários do agronegócio, da construção civil e do comércio — que vêm exigindo posturas mais firmes em defesa de um ambiente econômico saudável e menos tributado.
Influência na agenda econômica do Congresso
Se o partido mantiver esse posicionamento e conseguir mobilizar outros blocos do centrão, poderá atuar como força moderadora na tramitação da reforma tributária, evitando que a proposta seja usada como instrumento de aumento da arrecadação sem contrapartidas ao setor privado.
Além disso, o PP pode passar a disputar protagonismo com partidos como o PL e o Novo na defesa de uma pauta econômica liberal — ainda que com viés mais pragmático. Isso tende a pressionar o governo a negociar com mais seriedade, sob risco de ver sua proposta de reforma travada ou diluída.
Em suma, o pronunciamento do líder progressista, embora repleto de termos técnicos e institucionalidade, deixa um recado claro: a paciência do setor produtivo com o Estado arrecadador chegou ao limite. E se o Congresso quiser manter alguma credibilidade, precisará escutar com atenção essa nova postura.
Conclusão
O Conexão Brasília mostrou que discutir carga tributária vai muito além de tecnicalidades fiscais — trata-se de debater o futuro da produtividade, da competitividade e da liberdade econômica no Brasil. Com a presença marcante do líder do PP, o evento trouxe à tona preocupações legítimas do setor empresarial e deu sinais de que há espaço, sim, para construir uma reforma tributária mais justa, eficiente e sustentável.
Ao longo deste artigo, vimos:
A importância estratégica do Conexão Brasília como elo entre empresários e políticos;
A postura do líder do PP, que assumiu um discurso firme em favor da simplificação e da redução da carga tributária;
As possíveis repercussões desse posicionamento no ambiente de negócios e na agenda do Congresso;
A expectativa de que, finalmente, o setor produtivo seja ouvido com mais atenção.
Acompanhar debates como este é fundamental. É ali, nos bastidores e nos microfones, que decisões com impacto direto na sua empresa, no seu salário e no custo de vida são moldadas. Quando o cidadão se afasta dessas discussões, entrega seu destino nas mãos de quem, muitas vezes, nunca empreendeu ou produziu um dia sequer.
Por isso, fica o convite: reflita, participe, cobre seus representantes. Afinal, a conta do Estado inchado sempre chega — e ela vem em forma de impostos.




