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No Expresso Político de hoje vamos falar do cerco conservador à educação sexual nas escolas e seus efeitos sobre o direito à informação.
Nos últimos anos, poucos temas dividiram tanto o debate público quanto a chamada ideologia de gênero. Embora a esquerda frequentemente rotule o termo como uma invenção da direita, ele se refere, de maneira objetiva, ao conjunto de ideias que relativizam as diferenças biológicas entre homens e mulheres, promovendo uma visão de gênero como construção social — e não como uma realidade natural. Essa concepção, surgida no meio acadêmico e rapidamente absorvida por organismos internacionais e movimentos progressistas, vem sendo aplicada de forma crescente em políticas públicas, especialmente nas áreas da educação e cultura.
O Brasil, assim como diversos países no Ocidente, viu o tema ganhar destaque a partir da resistência de grupos conservadores, religiosos e de pais preocupados com o conteúdo transmitido às crianças nas escolas. Essa resistência não surgiu do nada: ela é uma resposta legítima a um processo de doutrinação sutil, mas contínuo, que busca inserir conceitos de identidade de gênero e orientação sexual em currículos escolares, muitas vezes sem o consentimento das famílias.
É nesse contexto que o discurso conservador se fortalece. Parlamentares, líderes religiosos e influenciadores têm colocado a ideologia de gênero sob os holofotes, denunciando sua presença camuflada em projetos educacionais e culturais. Mais do que uma disputa terminológica, trata-se de uma batalha de valores, onde a defesa da família, da biologia e da liberdade de ensino se contrapõe ao avanço de uma agenda progressista que relativiza tudo — exceto a própria imposição.
O avanço do discurso conservador, portanto, não é uma reação desmedida, mas uma resposta organizada e crescente à tentativa de desconstrução de pilares fundamentais da sociedade. E é esse movimento, cada vez mais articulado e popular, que exploraremos ao longo deste artigo.
A origem do termo e sua manipulação pela esquerda
O termo “ideologia de gênero” surgiu como uma crítica à crescente influência de teorias sociais que passaram a substituir o sexo biológico pela noção fluida de “gênero”, especialmente a partir da segunda metade do século XX. O berço dessas ideias está nos círculos acadêmicos progressistas, onde intelectuais como Judith Butler, Michel Foucault e Simone de Beauvoir lançaram as bases para uma leitura pós-estruturalista da identidade humana. A famosa frase de Beauvoir — “não se nasce mulher, torna-se mulher” — sintetiza bem essa lógica: a biologia seria irrelevante frente à construção social do indivíduo.
A partir desse núcleo teórico, a ideia de gênero como uma construção passou a orientar políticas públicas e documentos de organismos internacionais. Em 1995, a Conferência Mundial sobre a Mulher, promovida pela ONU em Pequim, marcou um ponto de virada. A palavra “gênero” apareceu mais de 200 vezes nos relatórios finais, substituindo progressivamente os termos “homem” e “mulher” em documentos oficiais. A agenda então foi sendo incorporada em legislações e programas educacionais em diversos países — muitas vezes sem amplo debate com a sociedade.
Quando setores conservadores começaram a reagir, denunciando o uso político dessas ideias como uma forma de doutrinação, a esquerda adotou uma estratégia curiosa: passou a afirmar que “ideologia de gênero” era uma invenção da própria direita. Ou seja, negava-se a existência de algo que, paradoxalmente, era ao mesmo tempo promovido ativamente por militantes e organizações progressistas. Essa negação teve dois objetivos principais: blindar a agenda de críticas e desqualificar os opositores como “ignorantes” ou “reacionários”.
No entanto, a realidade teima em contrariar a retórica. No Brasil, documentos como o Plano Nacional de Educação (PNE), de 2014, tentaram inserir diretrizes baseadas em gênero. A proposta foi retirada após intensa mobilização popular — prova de que o debate não é fictício, mas sim muito real e presente nas disputas legislativas. Além disso, ONGs e organismos estatais continuam promovendo programas que, direta ou indiretamente, refletem essa visão ideológica, muitas vezes com recursos públicos.
A esquerda, ao tentar esconder o rastro ideológico por trás de termos aparentemente neutros como “inclusão” ou “diversidade”, acaba por subestimar a inteligência do cidadão comum. A manipulação semântica é evidente: quando interessa, o gênero é exaltado como pilar da educação moderna; quando criticado, torna-se um espantalho fabricado por “fundamentalistas religiosos”.
A tática, porém, está cada vez mais exposta. O brasileiro médio começa a perceber que há algo além do discurso bonito. E a reação conservadora, longe de ser irracional, nasce justamente dessa percepção.
Educação como campo de batalha
Se há um território onde a guerra de valores se torna mais visível, é na educação. Não por acaso, é nas salas de aula que se trava hoje uma das disputas mais acirradas entre o conservadorismo e o progressismo. A introdução de conteúdos relacionados à identidade de gênero, orientação sexual e desconstrução de padrões tradicionais de família transformou as escolas em trincheiras ideológicas — muitas vezes sem o conhecimento ou o consentimento dos pais.
A resposta conservadora ganhou corpo a partir da proposição de projetos como o Escola Sem Partido, que surgiu com o objetivo claro: proteger o direito dos alunos à educação livre de doutrinação política e ideológica. A proposta, embora combatida ferozmente pela esquerda, não busca censura, mas sim transparência e equilíbrio na formação educacional. Defende que o professor não imponha suas convicções pessoais, principalmente em temas moralmente sensíveis.
O crescimento dessa mobilização se deu graças a casos emblemáticos que chocaram famílias em diversas partes do país. Em São Paulo, por exemplo, causou indignação a inclusão de material didático para crianças do ensino fundamental que abordava, de forma gráfica e precoce, temas como identidade de gênero e orientação sexual. Em Santa Catarina, uma professora foi denunciada por apresentar conteúdos ideológicos em aula de português, exaltando pautas feministas e atacando símbolos cristãos. Esses e outros episódios viralizaram nas redes, fortalecendo a percepção de que há, sim, uma agenda em curso.
Diante da pressão popular, parlamentares conservadores passaram a fiscalizar mais de perto o conteúdo das políticas educacionais. Isso incomodou setores da esquerda e ONGs alinhadas com sua visão de mundo, que passaram a acusar os críticos de censura, homofobia e autoritarismo. O Ministério Público, por sua vez, frequentemente adotou postura alinhada à militância progressista, entrando com ações contra escolas e gestores que se recusaram a adotar diretrizes de “educação inclusiva” — um eufemismo para o avanço da ideologia de gênero.
A verdade é que a escola, espaço tradicional de formação intelectual, passou a ser vista por muitos como uma arena de engenharia social. Ao invés de concentrar-se em português, matemática, ciências e história, o foco de muitos programas educacionais tem migrado para questões identitárias, desconectadas da realidade das famílias brasileiras. Pais, cada vez mais atentos, perceberam que a defesa da infância não pode ser delegada ao Estado sem questionamento.
E é essa vigilância ativa da sociedade civil que tem imposto limites ao avanço ideológico nas escolas. A educação, que deveria unir, tem sido usada como arma ideológica para dividir — mas a resistência conservadora está longe de ceder.
A mobilização conservadora no Brasil
A crescente insatisfação com a infiltração da ideologia de gênero nas escolas, na mídia e nas políticas públicas gerou um fenômeno político e cultural marcante no Brasil: a mobilização conservadora. O que antes era apenas um incômodo silencioso dentro das famílias, igrejas e comunidades, ganhou corpo, voz e representação no Congresso Nacional. A chamada bancada conservadora — composta por parlamentares evangélicos, católicos e liberais na pauta dos costumes — passou a liderar a resistência institucional contra essa agenda.
Entre os nomes mais emblemáticos dessa mobilização, Damares Alves se destaca. Ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro, ela foi uma das primeiras a denunciar abertamente os abusos da militância de gênero dentro das escolas e órgãos públicos. Com forte articulação junto a grupos religiosos, Damares trouxe à tona casos e documentos que revelavam a intenção explícita de influenciar crianças desde a educação infantil com conteúdos sexualizados e ideológicos.
Outro nome de peso é o jovem deputado Nikolas Ferreira, que, com oratória afiada e forte presença nas redes sociais, tem sido um dos principais porta-vozes da nova direita brasileira. Suas denúncias sobre materiais didáticos e programas escolares com viés progressista viralizam com facilidade, justamente por tocarem em um ponto sensível: a defesa da infância. Sua performance no Congresso é constantemente criticada pela esquerda, mas reverberada com entusiasmo por um eleitorado conservador cada vez mais engajado.
O senador Magno Malta, veterano da bancada evangélica, também é peça-chave nessa engrenagem. Com um histórico de enfrentamento a pautas progressistas, ele utiliza sua base no Espírito Santo e influência nacional para mobilizar igrejas e organizações civis contra o avanço da ideologia de gênero. Sua narrativa une valores familiares, soberania dos pais sobre a educação dos filhos e crítica à erotização precoce nas escolas.
Durante as campanhas eleitorais — especialmente em 2018 e 2022 — o tema da ideologia de gênero foi amplamente explorado como bandeira de defesa da família. Bolsonaro, em sua campanha presidencial, usou o termo “kit gay” como símbolo do que seus apoiadores viam como uma tentativa de corromper moralmente as crianças nas escolas. Embora o termo tenha sido contestado e distorcido pela imprensa, o sentimento por trás da denúncia ganhou força: pais preocupados com a perda do controle sobre o que seus filhos aprendem passaram a ver no voto conservador um escudo contra essa imposição.
A mobilização conservadora, portanto, deixou de ser reativa para se tornar proativa. Hoje, projetos de lei, audiências públicas e iniciativas comunitárias são impulsionadas por esse novo conservadorismo que tem base, estratégia e discurso coeso. Mais do que uma moda eleitoral, é uma mudança cultural em curso — com potencial de longo alcance.
O debate internacional e o espelhamento no Brasil
A discussão sobre ideologia de gênero não é uma exclusividade brasileira. Ao contrário do que sugerem os militantes progressistas, o embate entre valores tradicionais e as imposições culturais do globalismo tem se intensificado em diversas democracias ocidentais — e o Brasil, nesse cenário, está longe de ser um caso isolado. Países como Hungria, Polônia e Estados Unidos enfrentam o mesmo dilema: como preservar os valores fundacionais de sua sociedade diante de uma agenda transnacional que busca redefinir o conceito de família, de identidade e até de realidade biológica?
Na Hungria, o primeiro-ministro Viktor Orbán implementou leis claras contra a promoção de ideologia de gênero nas escolas e na mídia voltada a menores de idade. Com forte apoio popular, sua política educacional estabelece limites objetivos para a atuação de ONGs e organizações internacionais dentro do país. Orbán defende abertamente o direito dos pais de proteger seus filhos da doutrinação ideológica e considera a família tradicional um dos pilares da civilização europeia.
Na Polônia, a resistência ao avanço ideológico é igualmente robusta. O governo polonês, em diversas ocasiões, desafiou diretrizes da União Europeia que pressionam por uma educação “neutra em gênero”. Escolas polonesas têm liberdade de adotar currículos que reflitam os valores cristãos do país, e cidades chegaram a se declarar “zonas livres de ideologia de gênero” — o que provocou reações e sanções de órgãos internacionais, mas também mobilizou o apoio da população local.
Nos Estados Unidos, o enfrentamento ganhou destaque especialmente durante o governo de Donald Trump. Ao revogar diretrizes da era Obama que forçavam escolas a aceitar identidade de gênero autoidentificada em banheiros e esportes, Trump se posicionou como defensor dos valores tradicionais americanos. Ele denunciou a infiltração de ideologias radicais no sistema educacional e alertou para o risco de se colocar a agenda LGBTQIA+ acima da liberdade religiosa e dos direitos dos pais.
Esse contexto internacional influencia diretamente o debate no Brasil. Lideranças conservadoras brasileiras, como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, mantêm diálogo constante com esses movimentos e utilizam exemplos estrangeiros para fortalecer a argumentação em favor da soberania cultural. Além disso, a eleição de figuras como Giorgia Meloni na Itália, com discurso firme contra o globalismo e a ideologia de gênero, reforça que há uma onda conservadora legítima em curso — e que ela responde aos anseios de povos que se sentem ameaçados pela imposição cultural de elites distantes da realidade das famílias.
Esse espelhamento, portanto, não é mero mimetismo. Trata-se de uma convergência natural entre nações que valorizam a liberdade, a fé e a autoridade dos pais sobre a criação dos filhos. O Brasil não está sozinho — e o recado das urnas e das ruas é claro: a ideologia de gênero pode até ser global, mas a resistência conservadora também é.
As narrativas em confronto: liberdade x doutrinação
No centro do debate sobre ideologia de gênero, dois discursos antagônicos se enfrentam em uma disputa não apenas política, mas semântica e moral. De um lado, a esquerda sustenta que a inclusão de temas de gênero nas escolas representa uma ampliação dos “direitos das minorias” e uma promoção da chamada “educação inclusiva”. Do outro, o campo conservador denuncia o que considera ser uma verdadeira “doutrinação infantil” e a “destruição da identidade biológica”, com consequências profundas para a formação das próximas gerações.
A narrativa progressista baseia-se na ideia de que o Estado deve atuar como agente de transformação social. Sob esse prisma, a escola não apenas educa, mas também reeduca — corrigindo, segundo seus defensores, as “falhas culturais” da família tradicional, tida como reprodutora de preconceitos. Assim, conteúdos sobre identidade de gênero, orientação sexual, pluralidade familiar e até desconstrução da heteronormatividade são apresentados como direitos pedagógicos inquestionáveis. Quem se opõe, automaticamente, é rotulado de retrógrado, preconceituoso ou inimigo das minorias.
Essa retórica, no entanto, ignora um ponto crucial: a liberdade dos pais na formação moral e educacional dos filhos. Para o campo conservador, o Estado não pode se colocar acima da família, tampouco pode substituir valores culturais e religiosos legítimos por uma ideologia que despreza a biologia e transforma a infância em laboratório político. Ao invés de promover inclusão, o que se vê, segundo os críticos, é uma forma disfarçada de imposição ideológica — onde a diversidade só é válida se seguir a cartilha progressista.
Esse embate gerou o que se convencionou chamar de guerra semântica. Termos como “educação sexual”, “respeito à diversidade” ou “combate à discriminação” são usados como escudos linguísticos para proteger conteúdos ideológicos que, muitas vezes, ultrapassam o bom senso. Já expressões como “ideologia de gênero”, “doutrinação” e “desconstrução da família” são tratadas pela esquerda como termos conspiratórios, mesmo quando há evidências concretas de que tais práticas existem em salas de aula, programas governamentais e materiais didáticos.
No campo jurídico, essa batalha semântica se reflete em decisões ambíguas e, frequentemente, enviesadas. Enquanto leis que buscam impedir a doutrinação são derrubadas sob o argumento de “censura”, projetos que incentivam a imposição de narrativas de gênero recebem o selo de “direitos humanos”. O Judiciário, longe de ser neutro, tem em muitos casos servido como trincheira para a militância — impondo diretrizes sem a devida discussão democrática.
Em resumo, o confronto não é apenas entre visões diferentes de mundo, mas entre dois projetos de sociedade. Um que valoriza a liberdade, a biologia e o papel central da família; outro que busca reformular a identidade humana com base em teorias subjetivas e mutáveis. E nessa guerra de narrativas, a clareza dos termos se torna essencial para que a verdade não seja sufocada pela manipulação linguística.
Consequências culturais e políticas
O embate em torno da ideologia de gênero ultrapassou as fronteiras das salas de aula e se consolidou como um dos eixos centrais da nova disputa cultural e política no Brasil. O resultado dessa mobilização conservadora já se faz sentir tanto no campo legislativo quanto na formação de uma nova geração de líderes políticos e influenciadores que têm nesse tema uma de suas principais bandeiras.
No Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas, surgiram dezenas de projetos de lei com o objetivo de barrar a presença da ideologia de gênero em políticas públicas, principalmente na educação. Muitas dessas propostas, como as baseadas no programa Escola Sem Partido, buscam garantir a neutralidade ideológica e o respeito à autoridade dos pais sobre o conteúdo moral transmitido aos filhos. Embora a resistência do Judiciário e da mídia militante tenha dificultado a aprovação plena de algumas dessas medidas, o simples fato de o debate ter alcançado esse nível de institucionalidade já representa um avanço significativo para o campo conservador.
Paralelamente, o tema serviu como catalisador para a formação da chamada “nova direita brasileira” — um movimento político e cultural que rompe com o conservadorismo tímido do passado e se expressa com clareza, coragem e identidade. Deputados como Nikolas Ferreira, senadores como Magno Malta e figuras como Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis são expoentes dessa geração que compreendeu que a batalha cultural é tão decisiva quanto a econômica. Eles ocupam as redes sociais, tribunas parlamentares e espaços de mídia alternativa com discursos que ecoam nas igrejas, nos lares e nas comunidades brasileiras.
Entretanto, a reação foi proporcional ao impacto: a mídia tradicional, historicamente alinhada com pautas progressistas, intensificou sua campanha de deslegitimação contra essa nova direita. Matérias enviesadas, “checagens” seletivas e editoriais inflamados tentam pintar os conservadores como radicais, obscurantistas ou conspiracionistas. Enquanto isso, a cultura pop, dominada por grandes estúdios e conglomerados alinhados à agenda globalista, segue promovendo narrativas que romantizam o discurso de gênero e caricaturam a família tradicional.
Filmes, novelas e séries, que antes buscavam refletir a realidade da sociedade, passaram a funcionar como plataformas de doutrinação simbólica. O resultado é uma crescente rejeição por parte do público conservador, que começa a migrar para conteúdos alternativos, como os produzidos por plataformas como Brasil Paralelo ou canais independentes no YouTube, onde valores como fé, pátria e família são respeitados e celebrados.
Essas mudanças indicam que a pauta da ideologia de gênero não apenas gerou reações pontuais, mas consolidou uma verdadeira virada cultural. Hoje, o debate molda campanhas eleitorais, mobiliza eleitores, define mandatos e influencia diretamente os rumos da política nacional. Mais do que uma moda passageira, trata-se de uma redefinição profunda do campo de batalha político e moral no Brasil contemporâneo.
Conclusão
O avanço da ideologia de gênero nas últimas décadas encontrou uma resposta à altura: a consolidação de um discurso conservador firme, articulado e cada vez mais representativo da maioria silenciosa da população brasileira. O que começou como indignação pontual de pais e educadores se transformou em um movimento político e cultural estruturado, que já influencia decisões no Congresso, no Judiciário e, principalmente, no coração das famílias.
Essa reação conservadora não é um grito isolado ou irracional, como muitos tentam caricaturar. Pelo contrário: trata-se de uma resposta legítima e necessária à tentativa de imposição de valores ideológicos por meio das instituições públicas, especialmente no campo educacional. A defesa da biologia, da infância, da autoridade dos pais e do direito à educação sem doutrinação se tornou uma pauta prioritária de um Brasil que se recusa a ser moldado pelas vontades de elites acadêmicas ou de organismos internacionais.
Para os próximos anos, o grande desafio será manter a vigilância ativa. O ativismo progressista não recua facilmente — ele apenas muda de estratégia, se camufla em termos técnicos, retoma posições pelas beiradas. Por isso, o papel dos pais, das igrejas e da sociedade civil será ainda mais decisivo. Fiscalizar o conteúdo das escolas, acompanhar os projetos de lei, participar das decisões locais e fortalecer mídias independentes são atitudes que fazem diferença concreta no combate à doutrinação.
Não se trata de censura, mas de responsabilidade moral e cidadã. A infância é um terreno sagrado, e quem a manipula ideologicamente não busca inclusão, mas dominação. Proteger as crianças é proteger o futuro da nação.
A batalha cultural está em curso. E agora, mais do que nunca, é hora de escolher de que lado da história você estará.




